sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Rede de Empresas 1

Segundo Porter (1998) as empresas cujo empenho é superior a de uma indústria, tendem a se aglomerarem num único local. Essa localidade que concentra empresas de sucessos incomuns em um determinado campo é chamado de Cluster.
Mas o que consiste um Cluster?
Cluster consiste  em indústria e empresas competitivas que estabelecem relacionamentos verticais (fornecedores, canais e compradores) e/ou horizontais (habilidades comuns, tecnologia, etc) e que se localizam num espaço geográfico próximo.

Exemplo: Vale do Silício e Hollywood

Diante de uma economia de globalização, não seria viável uma empresa de grande porte espalhar-se pelo mundo, uma vez que poderão obter vantagens (como mão-de-obra barata) e novos mercados?
Sim, no entanto há vantagens a serem consideradas:
- Um cluster é um contexto local que encoraja formas apropriadas de investimentos;
- Concorrência vigorosa entre os rivais localmente baseados.
- Recursos naturais, humanos e de capital com mais facilidade.
- Presença de capacidade de fornecedores localmente baseados.
- Demanda local incomum em segmentos especializados que podem ser servidos globalmente.
- Espaço físico propício para a geração e conversão de conhecimento tácito.


Bibliografia:

Porter, M. 1998. Na Competição (Boston: Harvard Business School Press)

domingo, 19 de setembro de 2010

Alguns Conceitos Importantes dentro da Engenharia

LEAN MANUFACTURING: é uma filosofia de trabalho cujo propósito é o atendimento rápido aos clientes (Lead Time pequeno), ao menor custo e na melhor qualidade.

JUST-IN-TIME: refere-se às entregas aos clientes, no tempo certo e quantidades pedidas, sem gerar estoques ou atrasos.

JIDOCA (o outro pilar) refere-se à melhoria dos processos, buscando a eliminação dos desperdícios.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Consumo Sustentável, Pegada Ecológica, Responsabilidade Social, Qualidade de Vida e Desenvolvimento Sócio-Econômico: É Possível Tudo Isso?


Olá Pessoas!

Segue um vídeo muito rico sobre Consumo Sustentável. Apesar do profundo estudo de Annie Leonard, ainda assim me preocupa a ideia de o produto refletir um preço de custo. Sim, vários trabalhadores na Ásia e África  têm péssima qualidade de vida e diminuem o tempo de suas vidas em trabalho (praticamente) escravo. No entanto, se o preço refletir todo o custo, quanto custaria um pequeno radiozinho verde? De U$2,00 passaria a U$200,00??? Vivemos num mundo que, infelizmente, para a riqueza de uns há a pobreza de outros. Assistam: http://www.youtube.com/watch?v=lgmTfPzLl4E

Tabela de Integrais - Pra Você Colar Em Todo Lugar Até Memorizar!!!!

Olá Pessoas! Se você é um graduando do primeiro e/ou segundo período de algum ramo de Engenharia, certamente vai precisar integrar, no mínimo, algumas centenas de vezes, então...segue abaixo algumas tabelas pra você usar e abusar na hora de resolver as nossas amigas!!!



GeoGebra – Conheça esse Software de Matemática Dinâmica que aborda Geometria, Álgebra e Cálculo

GeoGebra é um software gratuito de matemática dinâmica utilizado para o ensino de geometria, álgebra e cálculo. Só para vocês terem uma noção, esse software recebeu vários prêmios internacionais, incluindo o prêmio software educacional Alemão e Europeu.


Muito bom para os alunos curiosos!

Se você acha algumas das funções que estuda sem sentido ou abstratas demais, essa dica é para você! Além disso, o software suporta instalação em português, ou seja, se você ainda não se ligou no inglês não terá dificuldade!

Segue o link em português: http://www.geogebra.org/en/wiki/index.php/Portuguese

Bom Aproveito!

Ética Nas Organizações

A responsabilidade social e ética tornam-se efetivas dentro das organizações, quando assumem caráter executivo, uma vez que refletem a visão da coletividade organizacional e dependem desse corpo letivo para se realizarem. Dessa forma, vê-se a necessidade da manutenção da ética e transparência das organizações de modo que haja a reunião de todos participantes, ao passo que, no contexto de mercado a única certeza é a incerteza de estabilidade econômica e a ética deve ser mantida para que não haja transtornos sociais consoante a crises.



A ética relaciona-se com a moral cuja etimologia é hábito, que é o agrupamento de costumes adquiridos ao longo da vida e cristalizado no comportamento. A ética, então, é modo de se executar os valores morais sendo o equivalente à tradução da moral em atos fornecendo consenso sobre o melhor para o indivíduo e para o meio ao qual está inserido.



Partindo desse princípio, no contexto das organizações, pode-se conjecturar duas manifestações éticas: A ética egocêntrica e a ética universal.

A ética egocêntrica foca-se no interesse individual e na prioridade do autobenefício. A ética universal foca-se no indivíduo e na coletividade, no pressuposto de que o crescimento do todo beneficiará também o individual. Conforme o filósofo Thomas Hobbes, o homem, em seu estado natural, está sempre apto a competir com seus semelhantes visando o lucro e o aproveito próprio, esse fator evidencia a ética egocêntrica desde os primórdios do iluminismo, cujas ideias e geração de conhecimentos ganharam mais liberdade. No século XIX, Friedrich Hegel apresenta a determinação da ética por meio de relações sociais, acarretando na submissão da vontade subjetiva à vontade social, essa fator caracteriza a ética universal.



No âmbito organizacional, pode-se dizer que há uma ética de serviços e funções, no qual o homem privilegia serviços e pessoas, o primeiro pela maneira de sua produção e sua qualidade e o segundo pela transparência e solidariedade. Sendo assim, há uma relação simbiótica quando coloca-se em prática a ética universal.



Peter Drucker, considerado pai da administração moderna, julga uma empresa como bem sucedida quando esta agrega conhecimentos tecnológicos e organizacionais, estes combinam-se em atitudes de uma rede de pessoas com objetivos iguais e com a ética como sustentação. Até mesmo o Papa João Paulo II em sua Encíclica Centesimus Annus, relata a importância ética correlacionada a rede de pessoas: "A finalidade de uma empresa não é somente a produção de benefícios, mas principalmente a própria existência da empresa como comunidade de pessoas que, de diversas maneiras, buscam a satisfação de suas necessidades fundamentais e constituem um grupo particular a serviço da sociedade inteira." Sendo assim, as visões de Peter Drucker e o Papa João Paulo II narram a importância do homem como fim e não como meio, afinal a produção de bens e serviços são para o suprimento de necessidades humanas.


A insaciabilidade por lucros contábeis transforma as relações sociais dentro das empresas em relações de mercadorias, esse fato tem seu apogeu quando as organizações enxergam trabalhadores como máquinas produtoras e os demais como consumidores, o que atrai a atenção dos ergonomistas para o preenchimento de uma lacuna vazia de ética e egocêntrica.

Torna-se arcaico e contraproducente, nos dias atuais, a idéia de que a organização é uma sociedade de regras hierarquizadas cujo fim é a obtenção de trabalho e lucros; Um ambiente de operação entre membros de uma equipe focada em atingir um objetivo comum, a redução da hierarquia de comunicação e relações fraternas constituem essências para a prática da ética universal.

Bibliografia

HOBBES, Thomas. “Leviatã”, “Da condição natural da humanidade relativamente à sua felicidade e miséria.”.Os pensadores, Ed. Abril, São Paulo, Pág.75, edição 1979.






Gabriel Silveira

sábado, 4 de setembro de 2010

Gestão do Conhecimento I

Pode-se definir conhecimento como informações processadas. A Informação isolada não passa de notícia e procedimento. Mas a sua execução e outros conhecimentos formados por ela geram o conhecimento.

O conhecimento pode ser classificado como:


Explícito: Conhecimento que pode ser explanado facilmente, seja por qualquer tipo de veículo (planilhas, símbolos, verbalização, textos, etc).


Tácito¹: Conhecimento não facilmente visível ou explicado. Altamente pessoal e difícil de formalizar, tornando-se de comunicação e conhecimento dificultoso. As intuições e palpites subjetivos estão sob a rubrica do conhecimento tácito. O conhecimento tácito está profundamente enraizado nas ações e experiência corporal do indivíduo, assim como nos ideais, valores ou emoções que ele incorpora.


Simples: É o conhecimento que necessita de volume menor de informações para ser transferido.


Complexo: É o conhecimento que necessita de volume maior de informações para ser transferido.


Independente: É o conhecimento que pode ser transferido a um indivíduo/organização sem que este tenha posse de outros conhecimentos.


Sistêmico: É o conhecimento que pode ser transferido a um indivíduo/organização com a necessidade de que este tenha posse de outros conhecimentos.


Tratando-se de mercado a única certeza é a instabilidade. Diante de turbulências econômicas e culturais, a gestão do conhecimento tem-se valorizado e qualificado dentro das organizações. Se há hierarquias que dificultam a comunicação dos membros da empresa, esse fator deve ser entendido como isolamento de informações do mundo atual. Para melhor compreensão desse ‘mundo atual das organizações’ faz-se necessário a redução da abreviação de hierarquia, ao tratar-se de comunicação. Segundo o ditado popular “Duas Cabeças Pensam Melhor Que Uma”, esse termo pode ser aderido nas empresas, especialmente as de grande porte, uma vez que indivíduos com formações técnica, superior ou até mesmo a básica trazem consigo conhecimentos tácitos e refletem o ambiente do qual se encontram. Ou seja, essas empresas possuem uma síntese do mundo, então há um benefício enorme quando essa síntese é explorada.


Uma empresa gera e utiliza conhecimento convertendo o conhecimento tácito em conhecimento explícito, e vice-versa. O primeiro passo é a socialização, que é de indivíduo pra indivíduo, e consiste no compartilhamento e criação de conhecimento tácito através de experiências próprias. Segundo passo é a externalização, ou seja, a articulação do conhecimento tácito através do diálogo e da reflexão para outrem. Terceiro, é a Combinação, que é a compilação e aplicação do conhecimento explícito e a informação. E por último, a Internalização, que é a aprendizagem e a obtenção do novo conhecimento tácito na prática.


Vide um exemplo:


Um indivíduo, atribui ao ditado popular “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.” Um entendimento subjetivo agregado de idéias, conhecimentos adquiridos que é pertinente a ele (conhecimento tácito). Então pode-se dizer que houve a Socialização.

Então, para seu grupo de amigos, o indivíduo explica o significado desse ditado. Então, pode-se dizer que houve a Externalização. De repente, o indivíduo e seus amigos explicam para grupo B o novo parecer daquele ditado. Então houve a Combinação. O Grupo B captou o novo parecer, atribuiu a ele novo entendimento, então houve a Internalização.


Logo, o conhecimento da coletividade geral das empresas deve ser criado, qualificado e gerenciado. Conhecimento gera conhecimento. Contrastando opiniões sobre um determinado produto a ser lançado, por exemplo, tem-se a proporção de aceitação do mesmo no mercado, uma vez que, esse contraste de opiniões foi realizada pela síntese de mundo da empresa.



Referência Bibliográfica:


1-IKUJIRO, HIROTAKA. Gestão do Conhecimento.



Gabriel Silveira

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Entrevista com um Engenheiro de Produção

O Engenheiro de Produção Leonardo Ribeiro do Vale cedeu uma entrevista sobre a sua profissão e comentou sobre a tendência e especificidades do curso. A entrevista foi realizada em dezembro/2009 e enriquecerá o seu conhecimento sobre o curso.

1. Nome: Leonardo Ribeiro do Vale
2. Onde mora: João Monlevade
3. Estado de origem: Minas Gerais
4. Universidade que fez a graduação: UFMG- Universidade Federal de Minas Gerais
5. Ano de ingresso no curso: 2001

6. Ano de conclusão no curso: 2005

7 . Fez intercâmbio?
Sim. Na Inglaterra e nos Estados Unidos.

8.  Realiza (ou) curso de pós-graduação ou especialização. Qual?

Sim, FIA/USP – faculdade de economia – USP.

PERFIL DA EMPRESA DA QUAL TRABALHA ATUALMENTE:



9. Empresa que trabalha: Siderúrgica – produz aços de alta qualidade.

10. Setor /Ramo de atuação: Logística –Aciaria.

11. Cidade / Município: João Monlevade


12. Quanto tempo está na empresa atual? 2 anos e meio

13. Fez estágio na área de engenharia de produção? Se sim, qual área ? (ex: PCP, qualidade, logística, etc).

1- Vallourec and Mannesmann Tubes Siderurgica Planejamento da Produção



2 –Jabil Circuits Fabrica de impressora Planejamento estratégico


3- ArcelorMittal Siderurgica Logistica

14.  Fez programa de Trainee?


Sim. Unibanco e Arcelor mittal.

15.  Você participou de alguma entidade ou programa de bolsa da universidade:


(    ) Nenhuma entidade/bolsa


( X ) Monitoria


( X ) Iniciação cientifica


(     ) PET

( X ) Empresa Júnior

( X ) Centro acadêmico


( X ) Outra entidade/bolsa. Qual (is)?
Fundação Cristiano Otoni


16. Pontue de 0 a 4 quais dos fatores abaixo considera mais relevantes na formação do engenheiro de produção, sendo: 0 - Não se aplica, 1- Não é relevante, 2- Pouco relevante, 3 - Relevante, 4 - Muito relevante.




1 - Disciplinas relacionadas 4


2 – Laboratório 3


3 - Estágio 3


4 - Monitoria 3


5 - Iniciação científica/tecnológica 4


6 - Empresa Júnior 3


7 - Auto-aprendizagem 4


8- Outros (Especifique):  Inglês, idiomas 4


17. Você acha que o recém formado é capaz de atender totalmente as necessidades de produção para os quais foi contratado? Justifique.


Sim, mas para as necessidades de mercado não trata-se apenas de capacidade, mas desenvolvimento de capacidade interpessoais, trabalho em equipe, foco em resultado, cumprimento de tarefas.

18.  Você acha que o recém formado é capaz de atender totalmente as necessidades de produção para os quais foi contratado? Justifique.


Sim, mas para as necessidades de mercado não trata-se apenas de capacidade, mas desenvolvimento de capacidade interpessoais, trabalho em equipe, foco em resultado, cumprimento de tarefas. Ao sair do curso de graduação, tem-se a sensação de que não sabemos nada, justamente por ser um curso multidisciplinar. No entanto, ao longo dos estágios, trainees e da própria profissão, percebo que o curso me forneceu bases sólidas para trabalhar, como de estatística, por exemplo. Um engenheiro de produção deve estudar sempre o produto da empresa o qual está inserido, então, aí identificamos a base adquirida no curso.

19. Como vê o futuro da Engenharia e do Engenheiro de Produção?

Um sonho! O Brasil ainda não deu um grande salto para o desenvolvimento como a Índia e a China, embora tenha avançado bastante. A base de um país é a sua infraestrutura, e para isso necessita-se de quê? Engenheiros. Então, o Brasil, como país promissor oferece um futuro de alta qualificação e com muitos mercados para o engenheiro de produção.


Engenheiro Leonardo Ribeiro do Vale